Aceso o braseiro bem de madrugada
Ante alvorada, boleio aquentá
Chaleira preta, água de vertente
Um mate quente pro peão chimarrear
Um fogão de barro, a lenha queimando
A erva inchando pra o lado de montar
Bomba prateada, porongo curado à banha
Cá na campanha começa o dia ao matear
E no chiar da chaleira, juntito ao fogo de chão
Eu sorvo a seiva parida em nosso rincão
Porque o Rio Grande é uma cuia
Que aquece meu coração
Por isso é doce, nosso amargo chimarrão
Gosto do mate cevado à preceito
Este é meu jeito, assim me criei
Solto os pelegos, pelena madrugada
Prenúncio a empreitada, das lidas que herdei