O Sol vem nascendo na serra
Queimando o orvalho
O bugio busca água na sanga
Pro seu chimarrão
A noite passada em silêncio
Não pegou na gaita
Se ouvia no mato
As batidas do seu coração
De repente se ouve um ronco
Que rasga o frio
A bugia no galho de cima
Pariu um bugio
Bugiozinho no colo do pai
Deu um ronco e sorriu
Pois nasceu pra roncar nos fandangos
Do sul do Brasil
As gotas de orvalho pingavam
Em prenúncio ao batismo
A aurora aclamava
Nasceu a raiz do atavismo
Quando nasce um bugio na serra
O Rio Grande agradece
Pois gaiteiro que toca fandango
Bugio não esquece