De onde vem pra donde vai
Me diga quem é o senhor
Venho daqui e vou pra lá
Não pergunte por favor
Meu ofício é andar no mundo
A galope contra o vento
Tirando touro a trompada
E égua xucra no tento
Quem conhece um domador
Não precisa perguntar
Quem não conhece senhor
Só vendo pra acreditar
Se tiver égua aporreada
Por favor mande voltiar
Que amanhã de madrugada
Eu quero me apresentar
Desde que eu vim pra esse mundo
Meu destino foi traçado
De andar nos galpões de estância
Neste meu Rio Grande amado
Se eu cair de algum matungo
Deixo os arreio emalado
Entrego pra cozinheira
E levo a vida embarcado