Queimando cobre em carreiras
Amanhecendo em carpeteada
São cavacos de um ofício
Pra quem se criou na estrada
Riscando espora em rodeios
Domando tropa aporreada
Quem quiser saber quem sou
Me encontre numa tropeada
"Se tenho cheiro de terra e minha mão calejada
Um chapéu de aba comprida molhado da madrugada
Se tenho sina de andejo sem destino e sem parada
Não trago amarras comigo a coxilha é minha morada."
Alambrador de mão cheia
Braço firme pra charqueada
Punho rasteiro na esquila
Parceiro de gineteada
Nunca escapou uma novilha
Depois da tropa estourada
Quem quiser saber quem sou
Me encontre numa tropeada
Roberto Diego Matos