Os cristãos batiam cascos
Os mouros se defendiam
Espadas, lanças cruzadas
Traçavam rumos na história
Os orientais ostentavam
Calças largas que faziam
Mais leves às cavalgadas
Na derrota ou na vitória
Era a bombacha chegando
Para gaúdeos do campeiro
Que cavalgou nos potreiros
Laçando, fazendo aparte
Prá bailanta, hora de arte
Jogo de osso, carteado
Era a veste domingueira
Feita de brim ou riscado
Viva a bombacha, tchê, viva a bombacha
Não interessa se faz frio ou sol que racha
Foi depois da grande guerra
Me falou um castelhano
Que a bombacha foi usada
Pelos gaúchos pampeanos
Historiadores da terra
Garantem que o nobre pano
É uma herança legada
Por beduínos araganos
A verdade é que a bombacha
É de muitos continentes
Mas foi com nossos valentes
Que ganhou notoriedade
Uniu o campo à cidade
E a juventude do pampa
Lhes dando uma nova estampa
Raízes de liberdade