Mistérios da natureza
Do Patrão Onipotente
Que me concede o presente
Que é fruto do nosso amor
Minha prenda flor do campo
Que gera nossa semente
Sinto corcovear o vivente
Com sanhas domador
Nesta minha ignorância
De peão rude e campeiro
Fico aguardando o parceiro
Pras lidas de marcação
Junte retalhos minha prenda
Pra nós pilchar o monarca
Que vem batendo na marca
Morar em nosso rincão
Vou buscar a tia Aninha
Que é parteira de campanha
Antes um trago de canha
Pra me benzer contra o frio
Quem sabe o piá resolva
Dar Oh! De casa pra gente
E preencha num repente
Nosso rancho tão vazio
Obrigado Patrão Velho vai ter festa no rincão
Bate forte o coração nessa angústia de esperar
Eu sei tu disse que é lindo
Ter uma vida em teu ventre
Dê logo a luz pra o vivente, pro capelão batizar