O tempo é mesmo sorrateiro, maleva e certeiro
E não tem piedade
Por onde passa, deixa marcas contadas na tarca
Jujado à saudade
Gravado na vida da gente como a marca quente
Que nunca mais sai
E a gente não vê passar o tempo e, quando pede um tempo
Não dá tempo mais
E a gente não vê passar o tempo e, quando pede um tempo
Não dá tempo mais
Ah! Minhas melenas já entordilharam
E no meu rosto as marcas brotaram
Contando um tempo que eu nem vi passar
Ah! Eu domei potros sempre ao meu contento
Só um Douradilho chamado de tempo
Me tira o sono e não posso enfrenar
Eu sempre achei que o tempo
Eu mesmo faria quando eu quisesse
Assim como sempre acordei
Das noites de sono quando amanhece
Mas, hoje, a saudade me apronta
Cobrando uma conta que eu não anotei
É a caneta dos anos que aponta
E, hoje, me dou conta do quanto gastei
É a caneta dos anos que aponta
E, hoje, me dou conta do quanto gastei
Ah! Minhas melenas já entordilharam
E no meu rosto as marcas brotaram
Contando um tempo que eu nem vi passar
Ah! Eu domei potros sempre ao meu contento
Só um Douradilho chamado de tempo
Me tira o sono e não posso enfrenar
A geada branqueou minha crina
E as minhas rimas falam de saudade
Cordas que não dão mais tempo
De eu tirar os tentos, trançar à vontade
Eu, que achei que, na pressa
Guardaria o tempo para eu gastar
Me dei conta e acordei agora
Que ele foi embora e não quis me esperar
Me dei conta e acordei agora
Que ele foi embora e não quis me esperar
Ah! Minhas melenas já entordilharam
E no meu rosto as marcas brotaram
Contando um tempo que eu nem vi passar
Ah! Eu domei potros sempre ao meu contento
Só um Douradilho chamado de tempo
Me tira o sono e não posso enfrenar
Só um Douradilho chamado de tempo
Me tira o sono e não posso enfrenar