Assim começa o surungo mesclando fumaça e poeira
Porta do quarto entupida e a mulherada em fileira
Branca morena e mulata casada viúva e solteira
Loucas pra coçar o garrão num manquejar de vaneira
Início Refrão
E nisso se ouve um grito indiada vocês me "ouça"
Dá uma folguita pros velho e saiam de riba das moça
(Intro) Fim Refrão
Feito de cinza e cupim no chão batido da sala
Piso bom igual aquele granfino nenhum iguala
Santuário da tradição da xucra raça baguala
Parede de pau-a-pique guincha furada de bala
(Refrão) (Intro)
E assim num torcer de queixo se guasqueia um
contrapasso
Desses de torrar badana numa tarde de mormaço
E o chinaredo se gruda igual pepino no baraço
Vão empurrando as paletas e retovando os espinhaço
(Refrão) (Intro)
E quando o zóio da lua vem me bombear nesse rancho
Na cordeona duas falas numa vaneira eu remancho
Raiz de cerne pampeano o qual o tronco eu me arrancho
No lombo do verso xucro com capricho eu me esgancho
(Refrão) (Intro)
A meia noite uma polca pra damas pra um arremate
Pra ver quem gosta de quem e o verso faz o combate
Depois vão lá pra cozinha pra descansar o alcatre
Pra comer feijão e mexido e guerrudo com chá de mate
(Refrão) (Intro)