Nasci no garrão brasileiro, na alvorada de mil e setecentos
Fui crescendo rasgando horizontes, liberdade a cabresto nos tentos
Me fiz dono do próprio destino cavalgando no lombo dos ventos
Na garupa do frio do minuano forasteiro crioulo dos Andes
Demarquei a fronteira da pátria pelo rio Uruguai que se expande
A cavalo e a ponta de lança me adonei do meu próprio rio grande
Emponchado de verde amarelo, fiz do rubro virtude de guerra
Fui semeando bravura e coragem das missões ao lombo da serra
Me fiz guapo gaúcho de raça o centauro monarca da terra
Com as rédeas do pago na mão conduzi com firmeza minha gente
Repontei os caranchos pra fora colhi fruto da minha semente
Alastrei o meu chão brasileiro para ser o maior continente