De certa feita, mostrei que o chamamecero
Bem missioneiro, nasce escolado em riscado
Rasgando a sala e entortando os horizontes
Co'a velha fonte timbroneira de legados
Fiz improviso com a China nos meus braços
O próprio espaço para uma flor tão formosa
Quem é monarca, conhecedor dos atalhos
Já de soslaio, vai cuidando da sua rosa
Fui dando as tintas no tranco de um chamamé
E mandei ver no sarandeio de fato
Quem tem café mostra o bule e diz no pé
Sem se arranhar n'alguma unha de gato
A vida ensina que o traquejo de um solado
Já vem marcado desde o tempo de criança
Quando o sorriso se acolhera num lampejo
Vira um poejo pra o remédio das lembranças
Com a alma rindo, engarupando a confiança
Mostra o que cansa só quem foge do lampião
Estrada afora, vou no lombo da aurora
Levando embora um coração pra o coração
Fui dando as tintas no tranco de um chamamé
E mandei ver no sarandeio de fato
Quem tem café mostra o bule e diz no pé
Sem se arranhar n'alguma unha de gato