Bombeando pra dentro
da alma estropiada
revi na estrada
me rastro apagado.
Vi ranchos magoados
que um dia eu deixei
porteiras abertas
que ao largo passei.
Quem vaga sem rumo
não olha pra trás
conhece a partida
a chegada jamais
quem vaga sem rumo
se perde na estrada
e apaga o luzeiro
dos olhos da amada.
Herdeiros da estrada
cansei das esperas
fiz tantas taperas
que quantas não sei
me fiz criativo
sem rumo e sem lei
gastei as esporas
de tanto que andei.
Mas quiz o destino
cambiar minha sorte
meu rumo, meu norte
razão e raiz
posteiro me fiz
nos olhos da amada
fiz minha morada
onde vivo feliz.