Trabalhando duro eu vi o futuro que eu tinha sonhado,
Com muita peleia fiz meu pé de meia e os filhos formados,
Meu sítio eu comprei e realizei o por mim desejado,
Escutar os grilos e a noite tranquilo a luz do luar
Ouvir de repente o som estridente do galo a cantar
Aqui a novela é olhar pra tela de um céu estrelado,
Não trago comigo, pois é proibido o informatizado,
O desejo que tenho, é sempre que venho voltar ao passado,
Meu rancho é assim, por cima capim, a parede de lasca
É daquele jeito, de reboque feito com estrume de vaca,
Fiz uma porteira e cerquei o terreiro com arame farpado,
Tem luz aqui não, meu piso é de chão que foi bem socado
Em compensação não é a prisão lá do meu sobrado,
Aqui a janela já nem tem tramela e durmo abraçado
É dessa maneira, com a companheira de sempre ao meu lado
Não quero riqueza, somente a beleza que aqui se propaga,
E fico contente bem junto a nascente que jorra na mata,
Quando a natureza em sua grandeza aos olhos me salta,
Com suas nuanças fazendo mudanças, enchendo de graça
Na nossa cabana, nos fins de semana a alegria me abraça
Composição: Ivan Souza / Júlio César