Já perdi este fio da meada, sem você nesta encruzilhada
Já nem sei escolher o caminho,
Toda rota está acidentada, nem a noite é mais enluarada
Vou vagando no escuro sozinho,
Se o sol clarear bem brilhante, e puder por sequer um instante
Indicar-me um novo destino,
Que me seja mais interessante, pois quem já se sentiu gigante
Hoje agora se sente menino,
O trajeto da felicidade se transforma assim de verdade
Para mim num grande labirinto,
Eu estou comparando- me agora como a ave daquela gaiola
A cantar esta dor que eu sinto,
Hoje sei que por onde eu for minha vida não terá mais cor
Estarei sempre em desalinho,
Pela culpa de um falso amor, num vinagre de acre sabor
Transformou-se então o meu vinho,
Só ficaram violetas que restaram de lembranças,
Mas eu vejo que são flores e que não possuem
Cores que me tragam esperança,
As chagas destes amores são causas de minhas
Dores e minha grande mudança,
Olhando as paisagens nuas que restaram no jardim,
Além de saudades tuas sinto saudades de mim!
Composição: Ivan Souza / Júlio César