Criança não creias não
Em histórias de paraíso
Um dia te roubarão
À própria boca, o sorriso
Carícias de fina água
Chamando-te, meu menino
Amanhã serão a mágoa
Das mil faces do destino
Em vez do verde balão
Do sonho que te constrói
Armarão a tua mão
Matarás, serás herói
Teus pensamentos e gestos
Serão tidos por nefastos
Andarás corpo de restos
Alma sozinha, de rastos
À própria boca, o sorriso
Um dia te roubarão
Em histórias de paraíso
Criança não creias não