Aristides Baldi / Chico Boiadeiro / Cacique
Chibata
Danço lambada e frevo namoro com a canção
Todo pagode que escrevo é remédio por coração
Sou espelho da paciência to vivendo por amor
Envio correspondência no bico do beija flor.
Água subiu no telhado, bomba explodiu na trincheira
Eu vi navio naufragando e morte na corredeira
Na vida do corre-corre, na guerra do dia a dia
Só meu pagode não morre porque a guerra é de poesia.
O fogo da violência é um vulcão que explode
Apago com competência nos versos do meu pagode
Minha viola é a verdade uma espada contra o mal
Que corta pelas raízes mentiras de um tribunal.
As água correm pro mar, a poesia em minha mente
Meu pagode vai acalmar a fúria de muita gente
Eu tranquei com sete chaves todos os versos que são meus
Somos três inseparáveis, Deus e viola e eu.