Por velha, truz, truz
Bateram à minha porta
Donde vens ó minha alma
Venho morta, quase morta
Já eu mal a conhecia
De tão mudada que vinha
Trazia todas quebradas
Suas asas andorinha
Mandei-lhe fazer a ceia
Do melhor manjar que havia
Donde vens ó minha amada
Que já mal te conhecia
Mas a minha alma calada
Olhava e não respondia
E nos seus formosos olhos
Quantas tristezas havia
Mandei-lhes fazer a cama
Da melhor roupa que tinha
Por cima damasco roxo
Por baixo cambraia fina
Dorme, dorme ó minha alma
Dorme e para te embalar
A boca me está cantando
Com vontade de chorar
A boca me está cantando
Com vontade de chorar