Que fazes aí, Lisboa
De olhos fincados no rio
Os olhos não são amarras
Para prender um navio
O barco que ontem partiu
Partiu e não volta mais
Choram lágrimas de pedra
Em cada esquina do cais
Lisboa, velha Lisboa
Mãe pobre à beira do rio
Que este xaile dos meus versos
Te agasalhe do teu frio