Na pele, na alma e fundo nas entranhas
Marcou-me a vida com as suas garras
E deixou-me à mercê das suas manhas
Com mordaças algemas e amarras
Com erros e acertos e verdade
E lágrimas e risos e cantigas
Fui provando o sabor da liberdade
Contrapondo poemas a intrigas
Porque a alma era branca em seus matizes
Porque a pele era branda em seu veludo
Guardei como troféus as cicatrizes
De pôr as mãos em lama em fogo em tudo
Teus beijos a molhar cada rasgão
Ao menos que refresquem seus sinais:
As marcas da que fui 'inda lá estão
Mas cicatrizam bem,não sofro mais.