Trago na linha da vida
Tão escura solidão
Correm ruas de saudade
Na palma da minha mão
Sou uma estátua esquecida
Nas praias do fim do mundo
As cruzes de mil caminhos
Trago na linha da vida
Mal amado coração
Rosa negra no meu peito
Doce sacrário onde guardo
Tão escura solidão
Nem mentira nem verdade
Amores são passos perdidos
Nos fados que canto à lua
Correm ruas de saudade
E em sinal de compaixão
A caveira do destino
Pousou o manto de rainha
Na palma da minha mão