Aquele buquê de flores
Que eu te dei com carinho
Colhi nas verdes campina
Onde canta os passarinho
Você jogou com desprezo
Beirando aquele caminho
Eu banhei todas de pranto
Quando ali chorei sozinho
Não sei se foi do meu pranto
Ou da neblina caída
Em pouco tempo a semente
Daquelas flores sem vida
Da terra nasceu viçosa
E hoje é conhecida
Aquele pé de camélia
Beirando a estrada florida
Quando com outro casar-se
Peço que seja enfeitada
Sua grinalda de noiva
Com as flor branca da estrada
As mesmas flor que um dia
Por você foi desprezada
E reviveu da saudade
No caminho abandonada
Não colha todas as flores
Que encontrar desabrochada
Deixa pra mim um pouquinho
Das camélias perfumadas
Quando eu deixar essa vida
Peço que seja enfeitada
A lousa fria da campa
Da minha eterna morada
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)