No caminho da miséria sempre é o pobre que trotêia
É como diz o caboclo em vez de piorá piorêia
Os artigo aumenta o preço ordenado baratêia
Cada dia que vai passando mais a vida fica feia
O pobre é quem paga o pato do côro sai as correia
Tubarão faiz o que qué isso é o ponto de um passeio
Açúcar tá racionado por pessoa um quilo e meio
Farinha do caminhoneiro assim mesmo é no rateio
Quem comprava cinco quilo tá comprando quilo e meio
Não tem pão nem pás criança levá lanche no recreio
Já passô as eleição negócio ficô mais feio
Eu não vô mais na conversa de promessa já tô cheio
Que a mudança de governo dá mióra isso não creio
Continua o mesmo trote de fazê ringi os arreio
Só troca de surradô mas surra com o mesmo rêio
As criancinha da roça martratádo veste feio
Anda tudo lumbriguento sem conforto e sem assêio
Nasce vinte e morre vinte veja só que bombardeio
Quando chega as eleição candidado fáiz rodêio
Alembra que existe o pobre só na ocasião do sortêio
Quando sai de candidato que ganhá boa posição
Ele faiz o seu comício e começa a rolação
O povo tudo rudêia iscuitando com atenção
Candidato pede o voto pro seu nome na eleição
Dispôis que tá no pulêro esquece quem tá no chão