Vinha dobrando espinhaço
Enforquilhado no basto
E um potro saiu cimbrando
Arrotando cheiro de pasto
Juntava ele nos taier
Desde o beiço inté a víria
Eo bicho metia as patas, dava coice e se mordia
Saímo os dois espichado que nem mamau em fandango
Cada corcóvio que dava sovava a tala do mango
Não respeitava buraco, cerca pra nós era tela
Bochincho e berro de potro até o diabo se escabela
Duas coisas nessa vida
Que me deixa fachudaço
São cinco litros na mala e um beiçudo aos manotaços
Duas coisas nessa vida
Que me deixa fachudaço
São cinco litros na mala e um beiçudo aos manotaços
Passei creolim no Taio e dei dois banhos de sal
Na sistema tipo antiga pra quem lida com bagual
Saia campear o apero, maneia, rédea e buçal
Recém fui ver que o potro tinha engolido o bocal
Não é que eu seja ginete, mas vendo rabo de saia
Não é qualquer boca seca que me esparrama as cangaia
O dia que eu me resolvo, não é freio e nem castigo
A China eu levo pro rancho e o potro eu tiro pra amigo
Duas coisas nessa vida
Que me deixa fachudaço
São cinco litros na mala e um beiçudo aos manotaços
Duas coisas nessa vida
Que me deixa fachudaço
São cinco litros na mala e um beiçudo aos manotaços
Vamo parando por aqui
Porque eu sou o cosa e louça
Queixo duro do itaqui
Vamo parando por aqui
Porque eu sou o cosa e louça
Queixo duro do itaqui