Sou o vento minuano das coxilhas
Assoviando pelos cantos dos galpões
Sou a chuva, o Sol e o frio sobre as flexilhas
Puro cerne falquejado nos moerões
Sou a estampa madrugueira da querência
Fogorneando ao pé do fogo de chão
Canto nativo que se curva em reverência
Nas batidas de um xucro coração
Sou do sul, deste torrão eu sou gaúcho
Marca taura de uma terra varonil
Rio Grande guapo de batalha e liberdade
Tronqueira firme palanqueando este Brasil
Em meu peito uma tropilha redomona
Bate cascos disparando pelo campos
Esta vida que se faz terna e chorona
Foi guiada pela luz de um pirilampo
Tenho um sonho colorindo a emoção
Batizando esta cepa galponeira
Em minh'alma mora a alma do rincão
E toda a força dessa raça brasileira