Meu Rio Grande de bota e bombacha
Tilintar de espora e chapéu bem tapeado
Relinchos de potro da lida campeira
Do grito do peão e do berro do gado
Traz na seiva do verde do mate
A estampa nativa de cor magistral
É um jujo buenacho brotando da erva
Curando as feridas deste chão bagual
Som de gaita, violão e pandeiro.
Pra todos baileros deste meu rincão
Ecoa bem alto nesta botoneira
Carcando vaneira neste balação
Se ouve vozes pelo continente
Cantigas terrunhas de união e fé
É o Gaúcho guerreiro num clamor pampeano
Armando trincheiras e trancando o pé
É o Rio Grande meu pago gaúcho
Essência campeira deste meu Brasil
Minha pátria chucra vertente nativa
Meu chão de bombacha país baronil!