A indolência em ouvir
e reter a Palavra pregada,
para ser praticada,
faz com que os crentes
tenham grande dificuldade
para entenderem as coisas
sobre as realidades
espirituais e divinas.
Quando se fala de indolência
em ouvir a Palavra,
está também implícita
a falta de obediência à mesma,
a falta de oração, meditação
e de reverência
para com Deus,
pela falta de exercício da fé
para conhecer e fazer
a sua vontade.
Alguns ouvem a Palavra
para satisfazerem apenas
as suas convicções
e não se permitirão
serem mudados
pelo que ouvem.
Outros para satisfazerem
a sua curiosidade;
e alguns o fazem
por mero hábito.
Outros para cumprirem
uma obrigação religiosa,
e há além disto
uma infinidade
de motivações e interesses
que nada têm a ver
com o propósito de Deus
em ouvirmos a Sua Palavra,
que é sobretudo
para que a pratiquemos.
Sem uma disposição
em consagrar a vida ao Senhor
pela prática da Palavra,
o que ocorrerá é que a Palavra
será recebida
como uma palavra nocional
para simplesmente
esclarecer o entendimento,
e não como a palavra viva
que ela é e que possui
poder espiritual
para nos transformar
à imagem e semelhança de Jesus.
Nenhum pastor se iluda portanto,
pensando que o seu dever
é apenas o de pregar bons sermões,
porque há esta fragilidade
da natureza terrena
para dar boa acolhida
à Palavra da verdade.
Todos os crentes são chamados
a se aperfeiçoarem
para que possam conduzir
outros à salvação.
Para que possam instruir
outros na verdade.
Mas como farão isto
se eles próprios
não são guiados
pela Palavra de Cristo?