Mas eu vos digo a verdade:
convém-vos que eu vá,
porque, se eu não for,
o Consolador não virá
para vós outros;
se, porém, eu for,
eu vo-lo enviarei.
Quando ele vier,
convencerá o mundo
do pecado, da justiça e do juízo:
do pecado,
porque não crêem em mim;
da justiça,
porque vou para o Pai,
e não me vereis mais;
do juízo,
porque o príncipe deste mundo
já está julgado. (Jo 16.7-11)
O trabalho
de convencimento do pecado,
da justiça e do juízo,
é algo realizado
exclusivamente
pelo Espírito Santo.
Sem tal trabalho do Espírito,
o homem não pode entender
o verdadeiro significado
do pecado,
e da justiça e
do juízo de Deus.
O verbo convencer do texto,
que designa
o trabalho do Espírito,
é elégko, no original grego,
e este verbo possui
vários sentidos correlatos,
como se pode ver
em outras passagens do NT,
como por exemplo, o de:
Argüir, acusar, convencer,
reprovar e repreender.
Vemos assim que nosso Senhor
poderia ter dito
que o Espírito Santo
convenceria, argüiria,
acusaria, reprovaria
e repreenderia o mundo
por causa do pecado,
e da justiça
e do juízo de Deus.
De fato, qualquer pessoa
somente pode se sentir
reprovada, repreendida,
argüida, acusada,
e convencida
do que é o pecado,
ou seja, da sua natureza
pecaminosa decaída,
que é inimiga de Deus,
quando o Espírito Santo
a conduz a isto.
É pela rejeição
da justiça de Cristo,
que está sendo,
gratuitamente oferecida,
que se cumpre
o juízo de Deus.
Mas é pela sua recepção
que se sobe para o céu
tal como nosso Senhor
foi para lá.
Por isso Jesus define
a nossa natureza pecaminosa
como sendo uma condição
de incredulidade nele.
Porque o pecador resiste,
em razão de sua natureza,
ao trabalho do Espírito.
Não quer vir a Cristo
para ser salvo
de tal condição
e receber
uma nova natureza divina.
E aqueles que não forem
resgatados por Jesus Cristo
das garras de Satanás,
e do pecado, permanecerão
tanto quanto o Inimigo,
debaixo da condenação,
e sujeitos aos tormentos
eternos do inferno.