Vem de uma remota batucada
Uma cadência bem marcada
Que uma baiana tem no andar
E nos seus requebros e maneiras
Na graça altiva das palmeiras
Esguias, altaneiras, a balançar
São da cor do mar, da cor da mata
Os olhos verdes da mulata
São cismadores e fatais, fatais
E num beijo ardente, perfumado
Conserva o cravo do pecado
De saborosos cambucás
E olha só o remelexo que ela tem no andar
E olha só essa maneira dela de cantar
E olha só essa maneira ela tem no andar
E olha só jetinho que ela tem no olhar
Isto aqui, ô ô
É um pedaço de Brasil iô iô
Deste Brasil que canta e é feliz
Feliz, feliz
É também um pouco de uma raça
Que não tem medo de fumaça ai, ai
E não se entrega não
E olha o jeito nas cadeiras que ela sabe dar
E olha só esse jeitinho que ela sabe dar
E olha só o remelexo que ela sabe dar
E olha o jeito nas cadeiras que ela sabe dar
Morena boa, que me faz chorar
Põe a sandália de prata
E vem pro samba sambar
Morena boa, que me faz penar
Põe a sandália de prata
E vem pro samba sambar
E olha só esse jeitinho que ela sabe dar
E olha só o remelexo que ela sabe dar
E olha o jeito nas cadeiras que ela sabe dar
E olha só esse jeitinho que ela sabe dar
Olha, esta mulata quando dança, é luxo só
Quando todo seu corpo se balança, é luxo só
Tem um não sei quê que traz a confusão
O, o que ela não tem, não tem, meu Deus
É compaixão, eta, mulata bamba
Olha, esta mulata quando dança, é luxo só
Quando todo seu corpo se balança, é luxo só
Porém, seu coração quando se agita
E palpita mais ligeiro
Nunca vi compasso tão brasileiro
Eta samba, cai pra lá, cai pra cá, cai pra lá, cai pra cá
Eta samba, cai pra lá, cai pra cá, cai pra lá, cai pra cá
Mexe com as cadeiras, mulata
Ai, no requebrado me maltrata, ai, ai!
Eta samba, cai pra lá, cai pra cá, cai pra lá, cai pra cá
Eta samba, cai pra lá, cai pra cá, cai pra lá, cai pra cá