Ah, quanta dor vejo em teus olhos
Tanto pranto em teu sorriso
Tão vazias as tuas mãos
De onde vens assim cansada?
De que dor, de qual distância,
De que terras, de que mar?
Só quem partiu pode voltar
E eu voltei pra te contar
Dos caminhos onde andei
Fiz do riso amargo pranto
No olhar, sempre teus olhos
No peito aberto, uma canção
Se eu pudesse de repente te mostrar meu coração
Saberias num momento quanta dor há dentro dele
Dor de amor quando não passa
É porque o amor valeu.
(Álbum "É de manhã"/Elizeth Cardoso e Zimbo Trio ao Vivo/COPACABANA/1970)