Quem nasce lá na Vila
Nem sequer vacila
Ao abraçar o samba
Que faz dançar os galhos do arvoredo
E faz a lua nascer mais cedo
Lá em Vila Isabel
Quem é bacharel
Não tem medo de bamba;
São Paulo dá café, Minas dá leite
E a Vila Isabel dá Samba.
A Vila tem um feitiço sem farofa
Sem vela e sem vintém
Que nos faz bem;
Tem o nome de princesa,
Transformou o samba
Num feitiço decente que prende a gente.
O sol da Vila é triste,
Samba não assiste porque a gente implora:
Sol, pelo amor de Deus, não venha agora!
Que as morenas vão logo embora.
Eu sei tudo que faço,
Sei por onde passo;
Paixão não me aniquila!
Mas tenho que dizer, modéstia parte,
Meus senhores: Eu sou da Vila!