Adeus, eu vou partir,
Levarei saudade.
O meu canto é um canto pra cidade,
É um retrato da minha mocidade.
(Bis)
Vai coração que o teu destino é se entristecer;
Teu violão é um companheiro vagabundo
que se leva pelo mundo como escudo pra escorar
as pedras que o destino volta e meia faz atirar.
Adeus, eu vou partir...
Ai, vocação pra fugitivo que você tem;
Nem pensei tão leviano,
foi traçando logo um plano ardiloso e astucioso pra escapar;
E foi muito cigano o passaporte revalidar.
Adeus, eu vou partir...
Vai coração, que o meu destino é igualzinho ao teu;
Em cada esquina que ele mora, pinta e borda, deita e rola;
Deita e rola sem poder desenrolar;
E vai, desatinado pelo mundo, vai desandar.
Adeus, eu vou partir...
(Álbum "Elizethíssima"/SOM LIVRE/RCA/SIGLA/1981)