De Davi. Bendito seja o Senhor, meu rochedo, que adestra minhas mãos para o combate, meus dedos para a guerra;
meu benfeitor e meu refúgio, minha cidadela e meu libertador, meu escudo e meu asilo, que submete a mim os povos.
Que é o homem, Senhor, para cuidardes dele, que é o filho do homem para que vos ocupeis dele?
O homem é semelhante ao sopro da brisa, seus dias são como a sombra que passa.
Inclinai, Senhor, os vossos céus e descei, tocai as montanhas para que se abrasem,
fulminai o raio e dispersai-os, lançai vossas setas e afugentai-os.
Estendei do alto a vossa mão, tirai-me do caudal, das mãos do estrangeiro,
cuja boca só diz mentiras e cuja mão só faz juramentos falsos.
Ó Deus, cantar-vos-ei um cântico novo, louvar-vos-ei com a harpa de dez cordas.
Vós que aos reis dais a vitória, que livrastes Davi, vosso servo;
salvai-me da espada da malícia, e livrai-me das mãos de estrangeiros, cuja boca só diz mentiras e cuja mão só faz juramentos falsos.