Teatino meu destino
Sem rumo, me assumo
E me assino teatino
Vivo sozinho e de changa
De pouco tenho de meu
Não conheço a dor da canga
Dor só conheço no adeus
De paixão, china e guitarras
Revisam o horizonte
Mas não me detém amarras
Tão pouco ando em repontes
Testemunho em viva voz
Dos puros que foram potros
E ficam velhos e sós
Cuidando campo dos outros
O meu padrinho o acaso
Meu suor o meu sustento
Minha fraqueza mulher
A minha vida o momento
Sigo os caminhos do vento
Pelas canhadas sem fim
Quanto mais cansaço venço
Mais estradas vejo em mim
Se a estrada não finda eu tento
Findar pra ter porque vim
Quem quer viver vem pra estrada
O sol da vida e não cobra
Por que servir e não ter nada
Se há céu com léguas de sobra