Quando eu me for v
Ou direto para o céu de Aldebarã
É um céu campeiro
Especial, este céu de Aldebarã
Um céu de tropas e rondas, e quero-queros cantando
No campo, a cada manhã
Tem um galpão muito grande, um fogo de chão aceso
Com achas de tarumã
As camas são de pelego, e no jardin tem maçã
Invés de sinos tocando, tem o grito cadenciado
Da seriema e do tahã
O Gildo chegou trovando, já ninguém se lembra quando
Numa cordeona pagã
O Glaucus trouxe bolita
Um pião, uma faca campeira
E uma rede feiticeira
O Darci chegou de pala com as cores rio-grandenses
O arco-íris da vertente do rio Ibirapuitã
Para o céu de Aldebarã
Aos que cantam, vida nova
Os que choram, vida vã
Neste céu de picumã
Quando Deus me tirar o freio
E eu foi amassar milhã
Vou chegar lá de a cavalo
Seguindo o canto de um galo
Nas nuvens feitas de lã
Se tu não fores comigo
Te espero prum mate amigo
No meu céu de Aldebarã