Rio Grande, Rio Grande
É um gaúcho que te diz
Me deixa eu ir de à cavalo
Porque assim eu vou feliz. (Bis)
Já montei em potro xucro
Num pelado de rodeio
De quebrar duas esporas
E atorar as pernas do freio
A coisa que eu acho lindo
É um clinudo vindo aos berros
Se batendo no meu mango
E se cortando nos meus ferros
Não escolho pêlo ou marca
Nem o lado prá chegar
Ventena que corcoveia
Aprende a me carregar
Clinudo que se rebolca
Eu faço ajoelhar na grama
Se o diabo vem de à cavalo
Sou eu quem vai levar fama.
Rio Grande, Rio Grande
É um gaúcho quem te diz
Me deixa eu ir de à cavalo
Porque assim eu vou feliz. (Bis)
Enquanto existir maleva
Que arraste os cascos no chão
Também vai se ver gaúcho
De rédea firme na mão
Eu nasci prá ser ginete
Por favor não leve a mal
Porque meu rancho é um arreio
Lá no lombo do bagual
E quando eu não puder mais
Sujeitar o potro no laço
Eu quero encarar a morte
E sair com ela no braço
Não tenho jeito prá santo
Mas se eu for pro beleléu
A eguada de São Pedro
Eu vou ginetear lá no céu.
Rio Grande, Rio Grande
É um gaúcho que te diz
Me deixa eu ir de à cavalo
Porque assim eu vou feliz. (Bis)
Rio Grande, Rio Grande
É um gaúcho que te diz
Me deixa eu ir de à cavalo
Pelo sul, que é o meu país.