Só o bulfo do potro que se estremecera
E uma queredeira solta pelo ar
Como um rio tranquilo, cai na cachoeira
E um bagual ao tranco, rompe a corcovear
Se assustou por nada ou se assustou da sombra
Se tapeou na orelha e arrancou o buçal
Quem tem cara solta, num lançante abaixo
Macho contra macho, desce que é um tendal
Desce que é um tendal
A estrela da espora, na noite do pelo
Estrela cadente que corre e se aninha, se aninha
Que a tala do mango, clarão da tormenta troveja batendo
Paleta e virilha, a estrela da espora, a estrela da espora
E o pala rasgado pelas japecangas
E um taco da bota num coice e se foi
E o campeiro cobra o prejuízo do potro
A ferro de espora e a couro de boi
Se vai um por pouco paciência e serviço
Num potro que dava quase pra enfrenar
Doma é como a vida do campeiro pobre
Pra ganhar alguns cobres tem que forcejar
Tem que forcejar