Negro, um clamor de justiça e guerra
Negro, um clamor de justiça e paz...
Cante seu canto em todas as línguas
Cante esse canto em todas as nações
Não importa o olorum que você tenha
Olo, olo, olorum,
O que vale é a, o que vale é a,
O que vale é a ginga que seu corpo dirá...
Negro, um clamor de justiça e guerra
Negro, um clamor de justiça e paz...
Caçado na terra nu
Amarrado como animal
Açoitado para ser domado
À vontade com os canibais.
Negro, um clamor de justiça e guerra
Negro, um clamor de justiça e paz...
Trazidos em sujos navios negreiros
Separado pai e filho e os casais
Para servir a poli civilização
Que civilização?
Pra servir como escravidão.
Negro, um clamor de justiça e guerra
Negro, um clamor de justiça e paz...
Vendidos nos mercados tão imorais
Mesmo assim esse povo, essa crença, essa gente
Essa fé imensa não se calou jamais.
Negro, um clamor de justiça e guerra
Negro, um clamor de justiça e paz...
Não se tem notícia de quantos morreram
Nem se tem notícias de quantos vieram pra cá
O que se sabe o seu solo não é como antes
Com calados tambores falantes
Chamando seus filhos pra luta
Na festa, pra guerra e pra cantar
Chamando seus filhos pra luta
Na festa, pra guerra e pra cantar...
Negro, um clamor de justiça e guerra
Negro, um clamor de justiça e paz...
Cante seu canto em todas as línguas
Cante esse canto em todas as nações
Não importa o olorum que você tenha
Olo, olo, olorum,
O que vale é a, o que vale é a,
O que vale é a ginga que seu corpo dirá...