Árvore Velha
Antigo Vegetal lenhoso
Tronco orgulhoso pontiagudo
Monumental, marca a floresta
Sem seiva, sem folha
Abrigo de formiga
Eninhos de Ararapira
Tem zelo, postura, formosura
Raízes mortas fincadas ao chão
Já sepultadas
O que vão se segurar?
Tarde de vento determina
Martírio de árvore antiga
Cai com nobreza, virará lenha
Que coze feijão de panela preta
Tição e Picumã
E ainda a de virar terra
Pra um dia ver-te em ti!
Um novo brotar
Árvore antiga, tronco oco e sonoro
Onde é tocado o lamurio
Como silêncio de mata
Volta ao pó, terra
Só te resta abrigar semente
E quem sabe ser
Baraúna, figueira, Sucupira, Jatobá
Sei lá