Eu não confesso
A Deus meus pecados
Confesso a ti companheiro
Que conheces os meus rastros
Quem vive sob todas as coisas
Além de tí?
Somente tu conheces
A violência das facas
Os lençois da morte
A caixa que guarda
A fome do ouro
Meus lábios estremecem
Quando confesso a tí
Meus pecados
Não por serem
Mortais ou sinistros
Mais por conheceres
O veneno, e o lábio inferior
A menstruação e o tumulto
Confesso-me a tí companheiro
A noite no silêncio
Ao se alargar
A memória