Dealema em Estado Bruto
Cavamos fundo no coração em busca das rimas reais
As superficiais são extraídas
Está de volta a comitiva emblemática
A nossa clique é dealemática
Gajos vão para os jornais dizer “eu sou demais, faço e aconteço”
Moço tu és um fracasso
Mentes porque no fundo tu és um frustrado
Por não seres o que realmente tens mostrado
Tomaste-nos por trastes como tu
Tu tens a alma no cú, queimaste-te, catástrofe
Início do Juízo final,as massas em Fátima avistam a nave espacial
Atenção: invasão dos extra-dealemestres
Teste- 1,2,1,2 terrestres…
Vocês ‘tão em vias de extinção
Seres humanos como animais racionais de estimação
X-Pião infiltrado, Fusão mau contacto, o mercado já foi esmagado
…câmbio
Saímos das criptas com visões apocalípticas,
Trazemos o machado que decepa as mente cépticas
As nossas vidas não são movidas por cifras
Temos um objectivo, eliminar ervas daninhas
Super-heróis urbanos neste tempos mundanos
Cercamos em pentágonos não há fuga pelos flancos
Sem subterfúgios, esconderijos ou saídas
Falsos cometem arakiri como virgens suicidas
Quando criticas não é uma banda ou um artista
É todo um movimento que te tem debaixo de mira
Dealema é a omnipotência de resistência
Com residência vitalícia na vossa essência
Encarcerados no teu subconsciente
Permanentemente a dar a face na linha da frente
Somos o toque da corneta que anuncia o ataque
O golpe da baioneta na frente de combate
Refrão:
As pílulas de estado de espírito podem ser perigosas
Numa crise há um aviso no frasco
Em letra miúda – “não ingerir em situações potenciais de risco”
…’Tava só a ler um livro!
Mais uma obra dealemática
Viemos liquidar falsos génios com hip hop lacrimogéneo
Soberbo, música de guerra é um passatempo
O êxtase é tanto que brincamos com relâmpagos
Tortura, ripostar é um acto de loucura
Vão p’ró caralho betos, já se julgam homens de rua
Caçadores sem rosto com fome de lobo
O vosso projecto é como um bebé que nasce morto
Profetas de sangue frio, inquisição, pernas abertas em posição de violação
À velocidade de um pensamento não há arrependimento
Tu baixas a cabeça isto é música de enterro.
Isto é música de enterro não existe arrependimento
Viajamos à velocidade do tempo
Interrompemos este tempo de antena pra notificar
Que por estas bandas tudo continua na mesma
Cinco no recinto virando barcos como tinto
Fechando tascos em compassos, sócios gritam “tá limpo”
De corpo e alma sem veneno, dealemático e sereno
Em beats e versos 4 por 4 todo-o-terreno
Se a gera excede a regra mantém-se firme como pedra
Ao contrário de quem abre a boca, é para entrar mosca ou sair merda
Nós construímos um futuro mais próspero
Queimaste rapidamente, cabeça de fósforo
Falas muito do meio e nada fizeste por ti
Há merdas neste mundo que até o diabo se ri
Não encenamos peças, não vamos em conversas
Nem cremos em promessas, vê se dispersas