Cada vez que dou um abraço na minha gaita de botão
Quase morro de saudade dos tempos longe que vão
Tudo que por lá deixei do meu querido rincão
As lembranças do passado maltratam meu coração.
Me recordo a velha estância onde já foi minha morada
O churrasco e o chimarrão, canha pura e a peonada;
Tiro de laço em rodeio, nas domas e carreiradas
Meu cachorro e meu cavalo e a primeira namorada.
So bailes de antigamente, sala de chão e candeeiro
Na volta da madrugada , galinhada e carreteiro
Café preto, chá de erva com biscoito ou pão caseiro
Um chapéu de mão em mão juntando troco pro gaiteiro.
Todo isso e muito mais me obriga tomar um trago
De saudade da querência, volta e meia eu me embriago
Dos amigos e parentes não tinha ganhado afagos
Qualquer dia minha gente vou voltar lá pro meu pago.