Levanta altivo no mastro levada por mãos de guapo
É o emblema dos farrapos runfando na voz do vento
É um lume enfumacento de labareda encarnada
São faíscas das espadas do quartel xucro de Bento.
Acende-se a chama santa é o boi-tatá dos rincões
Do centros de tradições esse gaudério costume –
Sanfona com seus queixumes, gaúchos que são alertos
E o Rio Grande peito aberto se aquecendo em teu lume.
Esta chama ilumina a alma da tradição
As cores deste pendão há de viver como flor
Vermelho batalhador são seivas de três tutanos
Que se uniram aos panos da bandeira tricolor.
Talvez a faixa encarnada seja o sangue de xirú
José Sepé Tiaraju que nos deixou por herança –
O verde é a esperança, o amarelo dinheiro
Eu vejo meu pago inteiro quando a tricolor balança.