Tempestarde
Chuvabismo
Relampeado azulejei com a luz
além-rebentação
confessei: o mar é meu pecado!
Eu errei,/ quis ser rei,
soberbei...
Orassamba
acreadeço
pela esfoladura em minhas mãos
na palma em concha o anjo ressurrei
aluciassassinado
A sereia na rocha
me avisou mas eu soberbei
o fanal com a tocha
me avisou mas eu recomecei
Orassamba/ não perdoe
esse mergulhorgulho, pescador
que de uma outra vez
com São Pedro
eu ando sobre as águas!
Esse anzol que jogamos
onde há peixe nenhum
o espinhaço sempre em riste
e esse clarão na crista, ah, ah, ah
O Universo/ na caçamba
é do pescador/ e do letrista de samba.