O choro de uma criancinha que vem ao mundo é como se fora o clarim de Deus anunciando uma vida à seu serviço. A compleição física e a cor da pele são meros detalhes, apenas traços característicos, apenas definição etnológica. De sagrado apenas a vida, que é sopro de Deus. Branco e preto são tintas benfazejas, que fazem a policromia maravilhosa desse mundo.
Enquanto a paz implora pra viver
O ódio insiste em se estabelecer
A luz se afasta
O bem se vai
É a tempestade
E o castelo do amor parece areia
Nasci com a pele negra e sou culpado
Sem ter consultado ao nascer
Talvez a natureza tenha errado
Que culpa tenho eu, que posso eu fazer
Enquanto o coração do negro faz branco viver
O branco mata o negro
Em tanto ódio não se crer
Se o negro é treva e o branco é luz
Esta invertido, esta perdido o que falou Jesus