"...Bem meus amigos vamos prosseguir com o nosso programa de calouros. Vamos chamar agora o senhor, deixa eu ver bem aqui o nome, senhor Waldeck Arthur de Macedo. ...Uma salva de palmas para o senhor Arthur! - Muito obrigado. Distinto auditório, muito boa noite! Ouvintes de casa, o meu cordial Boa noite! Vou ver se consigo "interpretar" de minha "teoria", um samba "Intritulado": "A Vorta do Home qui Não Vortô" _ Vamos ouvir... -"...Você me abandonasse meu amô, mas porém aquela ingrata... - Ah! Ah! Ah! Ah!
Tenho tanta vontade de ser um cartaz internacional
De ver meu nome em manchete de jornal
Gravar um disco e abrir a flor
Acontece, porém que a minha voz de taboca rachada
Só serve mesmo é pra vender cocada
Ou pra gritar quando chega o rapa
Pro camelo ali da Lapa
Todo sujeito que não tem Bossa é sempre teimoso
Me escrevi até com o Ary Barroso
Pensando que ia abafar, mas dei azar!
Quando abri a boca pra cantar um samba, o gongo bateu
A vaia comeu, o prédio estremeceu
E a estação saiu do ar
Sou o rei da mancada
Eu dou tanto fora, que até tenho raiva de mim
Cada louco tem sua mania
É por isso que eu sou sempre assim
Eu dei um agudo lá na Fábrica de Chita
que foi de amargar!
Na hora em que eu abri a boca
Os operários saíram e foram almoçar
Foi um apito de lascar!