Deixa de contar vantagem conterrâneo, companheiro
Que eu também nasci no Norte, não sou faroleiro
É muito feio o sujeito contar vantagem
Dizer que tem coragem e na hora correr
É preferível sujeito calado,
Mas que tando aperreado e fazer o pau comer
É tão bonito assim
O cabra tando aperreado e fazer o pau comer
Deixa de contar vantagem conterrâneo, companheiro
Que eu também nasci no Norte, não sou faroleiro
Ainda me lembro da Paraíba do Norte
Tive um pega muito forte com o Miguelão
Por isso que eu passei dez anos trancafiado
Vendo o sol nascer quadrado e não conto vantagem não
É tão bonito assim
Sou um cabra bom danado e não conto vantagem não
Deixa de contar vantagem conterrâneo, companheiro
Que eu também nasci no Norte, não sou faroleiro
Esse criado que tá falando consigo
Nunca teve um inimigo e nem deseja ter
Eu nunca matei cabo, nem soldado e nem sargento
Compadre do Mané Bento devia me conhecer
É tão bonito assim
Esse cabra da peste devia me conhecer