Eu roubei esses versos como quem rouba pão
Com a mão urgente com urgência no coração
Eu contei histórias, inventei vitórias
Como quem tem preguiça
Como quem faz justiça com as próprias mãos
Eu roubei quase tudo que eu tenho só pra chamar tua atenção
E quando cheguei em casa, vi que lá morava um ladrão
Eu perdi quase tudo que eu tinha
A paz, a paciência
A urgência que me levava pela mão
Uma noite interminável numa cela escura
Sentido!
Senhores...
Censores sem poder de censura
O ruído dos motores numa sala de torturas
Senhoras e Senhores...
Censores sem talento sensorial
Nunca mais saiu da minha boca o gosto amargo da palavra traição
Nunca mais saiu da minha boca nenhum elogio, nenhuma paixão
Uma noite mal dormida
Um país em maus lençóis
Sem sono
Sem censura
100% de nada não é nada:
É muito pouco!
Sem sono
Sem censura
100% de nada não é nada:
É muito pouco!