Tudo muda ao teu redor
tudo que era certo, sólido
dissolve, desaba, dilui, desmancha no ar
no moinho, giram as pás e o tempo vira pó
de grão em grão, por entre os dedos, tudo parece escapar
estamos no centro, por dentro de tudo
no olho do furacão
estamos no centro, de tudo que gira
na mira do canhão
se for parar pra pensar
não vai sair do lugar
não tem parada errada, não
no olho do furacão
tudo gira ao teu redor
o que era certo, sólido,
e evapora,vai-se embora
o que era líquido, incerto
estamos no centro, por dentro de tudo
no olho do furacão
estamos no centro, de tudo que gira
na mira do canhão
se for parar pra pensar
não vai sair do lugar
não tem parada errada, não
no olho do furacão