Ninguém percebeu
Quando o amor me envolveu
No seu laço de cobra
Ninguém pressentiu
E o que nunca existiu
No meu peito, hoje sobra
Pelo meu olhar
Todos podem notar
Que a paixão me incendeia
Fui presa em estranha cadeia
Cativa de um doce grilhão
Mas, se há amor
Suporto a dor
É tudo festa
Vou usar a juventude que me resta
Pra alcançar a plenitude que mereço
Vou compensar o desperdício de uma vida
Me gastar, recuperar a fé perdida
Ver caída a desventura em que me vi
E se a tristeza me envolver
Se a maldade me ferir
Vou chorar de me acabar
Mas mesmo em prantos vou sorrir
Pois sofrer por existir
É melhor que nada ser