Deixo a cortina fechada
Tenho medo que um facho de luz me provoque
Debaixo de minhas cobertas
Faço caso do acaso, pois nada me toca
Deixo a janela cerrada
Tenho medo que o riso de alguém me desperte
Do sono que nada conforta
Que me esconde e me cega do belo e comum
Adormecer e vagar
Quero estar
Como estou
Mas então, sem querer te encontrar
Alimentar todo o fascínio
Sem me preocupar
E afinal, sem querer, te encontrar
Redesenhar tudo o que vejo sem me recortar
Sem te desbotar
Devo acordar?