Chamarrona de campanha florida a dedo de taita
Numa empoeirada gaita comprada lá nas carreiras
Dita as noite missioneiras neste galpão macanudo
Onde se encontra de tudo destes lados de fronteira.
Eu que me criei campeiro conheço o galo que canta
E o mais florão das percantas nos bailes de chão batido
Pois me vejo comovido quando o instinto me apura
A floria lotes de juras cochichando ao pé do ouvido.
Chorominga a botoneira todo mundo sarandeia
O candieiro balanceia no tranco da chamarrona
Minha guecha redomona La em baixo da figueira
Relincha a noite inteira pra os bufidos da cordeona.
Escarvando o chão da sala vou de um jeito mal costeado
Num romance abagualado aonde a chinoca esbarra
Que um ponteio d eguitarra dita o embalo da dança
Se m’alma xucra balança num compassão de chamarra.
Eu sei que um baile de candieiro é um bagual intretimento
Pra um índio cento por cento se embalar na chamarrona
Nos braços duma temporona nas bailantas missioneiras
E bailar noites inteiras inté encharcar a carona.